O que Ninguém te contou sobre os Vibradores

Durante décadas, os vibradores foram envoltos em tabus, escondidos em gavetas e vistos como “substitutos” do parceiro. Mas os tempos mudaram — e o prazer feminino começou (finalmente!) a ocupar o seu lugar. Ainda assim, há muita coisa que nunca nos disseram sobre estes aliados incríveis do prazer, da descoberta e da liberdade sexual.

Neste artigo, queremos desconstruir mitos, esclarecer dúvidas e, acima de tudo, convidar-te a explorar o teu prazer sem culpa. Porque o vibrador não é apenas um objeto — é um símbolo de autonomia, curiosidade e empoderamento.

1. Não são só para quando estás sozinha

Um dos maiores mitos é que os vibradores são apenas para usar quando não tens companhia. Mas a verdade é que podem ser uma ferramenta fantástica para explorar o prazer a dois (ou mais!). Incorporá-lo nos momentos íntimos partilhados pode abrir espaço para novas sensações, conversas e cumplicidade.

Usar um vibrador durante o sexo não diminui ninguém — potencia. Pode estimular zonas que a penetração não alcança ou adicionar ritmo e intensidade ao que já está a acontecer. Em vez de ver o brinquedo como um "rival", vê-o como parte do jogo.

2. Não precisas de estar excitada para usar — podes usar para te excitares

É comum pensarmos que o vibrador só entra em cena quando já estamos "no mood". Mas, muitas vezes, é exatamente o contrário: ele pode ajudar-te a chegar lá. O estímulo vibratório pode despertar zonas erógenas, relaxar tensões e ativar o desejo.

Isto é especialmente importante para quem tem um ritmo diferente de excitação, está a sair de uma fase de bloqueio sexual ou simplesmente quer começar a criar uma rotina de prazer mais consciente. Lembra-te: o desejo também se cultiva.

3. Estimular o clitóris é (quase sempre) a chave

Sabias que a maioria das mulheres não atinge o orgasmo apenas com penetração? Isso não é um “problema” — é fisiologia. O clitóris, com as suas mais de 8.000 terminações nervosas, é o grande protagonista do prazer feminino.

Vibradores externos, como os de sucção ou massagem clitoriana, podem ser essenciais para descobrires que tipo de toque te estimula mais. E quanto mais te conheceres, mais facilmente poderás guiar os teus momentos a sós ou acompanhados.

4. Há um para cada fase, desejo e corpo

Não existe o vibrador “certo”. Existe o que faz sentido para ti, agora. Desde modelos discretos, silenciosos, até versões com tecnologia, controlo por app ou vibração pulsada, há uma variedade incrível para diferentes corpos, gostos e níveis de experiência.

Começa pelo mais simples se te sentires insegura. O importante é que o momento da escolha também seja prazeroso — sem pressa, com curiosidade. Explorar é parte da descoberta.

5. Não há nada de errado em usar (muito)

Outra ideia ultrapassada: que o uso frequente de vibradores pode “diminuir a sensibilidade” ou “estragar” a tua resposta sexual. Falso. O teu corpo adapta-se a estímulos, sim — como com qualquer coisa — mas isso não significa que estás a causar danos.

O prazer frequente não é excessivo, é saudável. Ter momentos só teus, com o teu corpo, com as tuas vontades, fortalece a tua autoestima, reduz o stress e melhora até a tua relação com outras pessoas. Não há medida certa — há o que te faz bem.

O vibrador é uma ferramenta de prazer — mas também de liberdade.

Mais do que uma tendência ou um acessório, o vibrador representa uma mudança cultural: a de uma mulher que assume o seu corpo, os seus desejos e o seu direito de sentir.

Ele não substitui nada — acrescenta.

Ele não complica — revela.

Ele não é vulgar — é íntimo.

Na INTENSA, acreditamos que o prazer é parte do autocuidado.

E que cada mulher deve sentir-se livre para descobrir-se ao seu ritmo, no seu tempo — com prazer, com poder, com orgulho.